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Apresentação
Nosso planeta Terra é um belo e complexo organismo vivo com quase 5 bilhões de anos de idade. Todas as formas de vida dependem de suas forças naturais e de sua riquíssima biodiversidade. As violentas agressões da espécie humana contra o meio-ambiente tem promovido perigosíssimas alterações no equilíbrio da bioesfera, gerando a extinção de várias espécies da flora e da fauna e ameaçando a sobrevivência da própria humanidade. A espécie humana está intimamente interligada à fisiologia da natureza, por vias físicas, químicas, psíquicas e espirituais e as atitudes impensadas de lideranças mundiais ignorantes e incompetentes podem nos conduzir a um indesejado suicídio coletivo.
É sabido que todos os grandes pensadores tinham um aguçado sentido de apreciação da natureza. Muitos tiveram seus maiores momentos de inspiração, de lucidez e de paz quando se deleitavam em passeios pelas florestas, em apaixonadas audiências dos cantos dos pássaros ou deitados nas campinas em relaxantes observações dos movimentos das nuvens. Interagimos silenciosamente com a natureza e através dela fortalecemos o que há de melhor na condição humana, quando redescobrimos os caminhos da verdadeira espiritualidade. Erramos quando imaginamos que poderíamos dominá-la à bel prazer e agora enfrentamos as consequências de nossa infantil arrogância. Nossos principais grupos sociais "civilizados" estão sobrevivendo em condições cada vez mais desumanas, sob as mais variadas formas de poluição e violência contra a vida. É entristecedor o vasto contingente de infelizes e frustrados que conduz suas existências desesperançosamente sob valores, hábitos e normas desfavoráveis à saúde e à prosperidade.
Em 1976, o científico-espiritualista brasileiro Philippe Piet van Putten, então com 16 anos de idade, idealizou a formação de uma comunidade (Agartha II) que lhe parecia perfeita para quem estivesse disposto a exercitar a arte/ciência do viver em felicidade numa sociedade de livres-pensadores. Na época, apesar de constantemente apresentar a idéia nas reuniões e palestras que proferia, seus compromissos estudantis e familiares tornaram inviável a materialização do projeto que denominou Terra Nova e o sonho foi provisóriamente engavetado.
Em novembro de 1998, diversos amigos espiritualistas e ambientalistas familiarizados com a idéia e cansados de viverem em meio às loucuras das caóticas metrópoles brasileiras, solicitaram a Philippe que reavaliasse o Projeto Terra Nova. Nos 22 anos que se passaram, Philippe envolveu-se em estudos sócio-políticos e teve a oportunidade de conhecer o histórico de várias comunidades espiritualistas do Brasil e do Exterior (Findhorn, Damanhur, Cidade Eclética Universal etc.), podendo, assim, divisar os fatores que levaram ao seu sucesso ou ao seu fracasso. Naquele mesmo mês foi iniciada uma revisão do projeto.
Síntese
Em poucas palavras, o Projeto Terra Nova prevê a formação de uma força-tarefa de pessoas físicas e jurídicas com mentalidade científico-espiritualista, visando seu posterior deslocamento para um pequeno município em qualquer parte do território nacional. No local escolhido para a implantação, o grupo exercitará formas avançadas de auto-conhecimento, sociabilização, interatividade com a natureza, e procurará contribuir para com o desenvolvimento municipal aplicando conceitos modernos de organização e administração públicas e criando novos vetores de arrecadação. Deseja-se a gradual instalação de sistemas racionais de coleta e reciclagem de lixo, de produção energética alternativa (energia solar, eólica etc.) e de outras tantas formas de desenvolvimento harmoniosas com a natureza.
Foi pedido a todos os interessados em participar do renascimento do projeto que passassem a enviar indicações de municípios que lhes parecessem apropriados. Os lugares sugeridos deveriam ter as seguintes características:
Menos de 20 000 habitantes;
Proximidade à florestas e outros recursos naturais;
Estar bem acima do nível do mar;
Não ter histórico de catástrofes naturais;
Não ter uma economia baseada em destruição do meio-ambiente;
Possuir escola de ensino básico (1º e 2º Graus) e hospital;
Possuir infra-estrutura de esgoto, água encanada, luz elétrica e telefonia;
Imóveis com valores de venda ou locação acessíveis à classe média.
Muitos municípios foram nomeados para uma pré-sondagem (fase de avaliação preliminar). Os que passarem por essa etapa, serão submetidos a uma sondagem (fase de verificação das condições imediatas de implantação).
Cada pessoa física ou jurídica vinculada ao Projeto Terra Nova fará parte da força-tarefa (comunidade Agartha II) que trabalhará unida pelo êxito do projeto. Através de comissões especiais, oferecerá a sua experiência para que todos os membros da comunidade tenham as melhores condições de integração e sobrevivência. Todos contribuirão financeira e profissionalmente para o estabelecimento de um informatizado núcleo adminstrativo, mas, ao contrário de outras iniciativas congêneres, trabalharão por seu sustento e preservarão seus próprios bens.
Perfil dos Interessados
Os dois primeiros meses desde a retomada do Projeto Terra Nova propiciaram um primeiro perfil daqueles que mais se interessam pela proposta. Entre as pessoas físicas, temos sido procurados principalmente por homens e mulheres, dos 25 aos 65 anos, das classes A e B, com níveis de instrução secundário ou superior, que:
Já viveram em comunidades e se desiludiram;
Estão saturados da corrida por ascensão profissional, dinheiro e "status" nas grandes cidades;
Almejam uma vida confortável mas simples, sem ostentação;
Não acreditam nos moldes tradicionais de gerenciamento das sociedades e municípios;
Sentem necessidade de uma interação social mais instrutiva, sincera e espiritualizante;
Não acreditam na honestidade, nem na eficácia espiritual, das grandes instituições auto-intituladas "religiosas";
Apreciam profundamente o contato com a natureza;
Abominam hábitos fúteis (tabagismo, alcoolismo, hipocondria etc.);
Acreditam fortemente que é possível construir uma sociedade justa e equilibrada, desde que se de relevância ao uso do bom senso, da ética, do amor e da inteligência.
As pessoas jurídicas, em geral, são de propriedade de indivídios que se enquadram fielmente no perfil acima. Normalmente oferecem produtos e serviços que podem contribuir para com a sustentação da comunidade (comércio de alimentos, vestuário, calçados; clínicas terapêuticas; escolas técnicas; laboratório de análises clínicas; gráfica; jardinagem etc.) e, eventualmente, para a modernização do município, além da criação de novos empregos.
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